sexta-feira, 31 de março de 2017

Curso de formação em pesquisa


Desenvolvi um curso de formação de pesquisadores em artes cênicas. É um curso de seis aulas/ semanas.



Eis o link para o pdfs das aulas

https://brasilia.academia.edu/MarcusMota/Teaching-Documents
Para acessar, basta se inscrever na plataforma https://www.academia.edu/
Essa plataforma é uma database internacional de pesquisadores de diversas áreas



Para os vídeos das aulas:

Vídeo introdutório
https://www.youtube.com/watch?v=jSzy8XQJZlE

Vídeo 1. semana I
https://youtu.be/UgXXJKof3rc

Vídeo 2 semana II
https://www.youtube.com/watch?v=gfqBupUIiXs

Vídeo 3 semana III.

https://www.youtube.com/watch?v=93V9PdRiQOs


segunda-feira, 27 de março de 2017

Confiram a distribuição

Vejam se estão todos de fato. Se seu nome está em algum grupo.
qualquer coisa, envie email
marcusmotaunb@gmail.com

reunião de grupo. blog.

Sabendo seu grupo e tema, você  se reune com os demais integrantes e começa a construir um blog de sua pesquisa.
O blog deverá estar aberto no dia 05 de abril.

Postagem esperadas:
1- apresentação do grupo, quais são os componentes do grupo. Nome do grupo, tema do grupo.
2- uma postagem inicial sobre o tema, uma aproximação inicial sobre o tema.

Postagens podem ter texto e imagens.


INSTRUÇÕES INICIAIS

Confiram seus grupos e temas.
Entrem em contato com os colegas
Comecem a fazer um levantamento incial sobre o tema de vocês:
textos, imagens, vídeos

A primeira fase de uma pesquisa é o levantamento de fontes, é a construção de seus arquivos.
 Nessa etapa você se familiariza com aquilo que você vai pesquisar.
Não interessa ainda um recorte dentro do tema e sim ver o máximo de coisas no seu tema.

Comece pelo wikipedia em inglês.
Depois vá para sites de centros de pesquisas e de pesquisadores.

Se seu tema necessitar, você pode pensar em fazer alguma entrevista com um especialista no tema. Mas isso para depois.

Primeira coisa: se familiarizar com seu tema

DISTRIBUIÇÃO DE GRUPOS E TEMAS

GRUPOS POÉTICAS TEATRAIS 1/2017


GRUPO 1
Lourrany Santos
Pedro Dantas
Ana Sofia Martines C. S. da Silva
Cleuves Ricardo Lisboa de Carvalho
TEMA: V.Meyerhold



Grupo2
Morgana Masseti
Renan Leite Souza
Lúcia Priscila.
Mina Petrova
TEMA: J. Grotowski

GRUPO 3

Helenice de Fátima Silva Mota
Ana Gabriela
Lívia Barros
Pâmela Germano
Guilherme Alves Sampaio
TEMA: Brecht


GRUPO 4
Beatriz Nogueira Ferreira
Iasmin Rios
Rafaela Giavoni
Henrique Arouche.
TEMA: Teatro Colaborativo

GRUPO 5
Maju Souza
Sarah Pádua
Diego Queiroz
Antônio Guilherme
TEMA: C. Stanislavsky
 


GRUPO 6
Dora Pinheiro Sales
Gabriel Alves dos Santos
Marina Dornelas Resende Silva
TEMA: Humor em cena: Palhaço, clown, e suas variações



GRUPO 7
Luana Izabel Ferreira Souza
Shirley Ane Marques Araujo 
Júlio Oliveira
Barbara Castro
TEMA: Teatro de formas animadas




domingo, 26 de março de 2017

TEMAS BÁSICOS EM ARTES CÊNICAS


Publicações ( artigos, comunicações em congressos, dissertações de mestrado, Teses de doutorado, livros)

1- publicações relacionados a atuação, treinamento de atores, formação de intérpretes
2- publicações relacionados a estudos de processos criativos, montagens específicas, poéticas.
3- Publicações didáticas, introduções, panoramas.
4- Publicações a partir  de um grupo organizado.
5- Publicações de divulgação ou análise de propostas estéticas ou de treinamento
6- Publicações em torno de um autor ou grupo.
7- Publicações a partir de uma metodologia de pesquisa. 



Fontes:
A- do artista/grupo

Palavra falada:  entrevistas, depoimentos, transcrições de falas/gravações
Palavra escrita:  anotações,  caderno de bordo, planos de montagem, fotos, desenhos, artigos, livros.
Registros audiovisuais: registros de ensaios, registros de montagens.

B- sobre o artista/ grupo
1- textos em jornais, blogs.
2- Trabalhos acadêmicos ( disciplina, fim de curso, especialização, mestrado, doutorado, pós-dourado, publicações em livro).
3- Documentários, registros audiovisuais


LIVROS BÁSICOS DE TEATRO

Introdução ao teatro, de Sábato Magaldi
2- Estudos Sobre o Teatro, B. Brecht
3- A linguagem da encenação teatral. J.J. Roubine
4- Ator Compositor. Mateo Bonfitto
5- Manual Mínimo do Ator, de Dario Fo
6- O teatro e seu duplo. A. Artaud.
7- Performance: Uma introdução crítica. M. Carlson.
8-MInha vida na arte, C. Stanilavski
9- trilogia- Stanislavski
10- Dramaturgia e a encenação em lugares não convencionais. Evil Rebouças
11- Da cena ao texto: dramaturgia em processo colaborativo Adélia Nicolete (link: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27139/tde-28092009-092332/pt-br.php)
12- A análise de espetáculos, P. Pavis.
13- Stanislavski, Meyerhold & Cia. J. Guinsburg.
14- Zeami: Cena e Pensamento Nô. Sake Giroux.
15- O teatro Laboratório de J. Grotowski . L. Flaksen.
16- Improvisação para o teatro. Viola Spolin
17- Teatro Pós-Dramático. H. T. Lehmann
18- Em busca de um teatro Pobre. Grotowski.
19- Performance como linguagem. Renato Cohen.
20-Processos Criativos de R. Wilson. Luiz Roberto Galizia
21- A cena em ensaios, B. Picon- Vallin.
22- A porta aberta. Peter Brook.
21- Jogos para atores e não atores. Augusto Boal
22- Domínio do movimento. R. Laban

RESPOSTAS DA QUESTÃO 3




1- Assim como o pouco contato com textos teatrais, meu contato com obras dissertativas não foi constante, rotineiro... Minha base sobre conteúdo teórico teatral é composto apenas pelo conhecimento adquirido no Ensino Médio, e um tanto pelo pouco conteúdo dado na aula de Teoria Literária. Todavia, iniciei o livro de Barbara Heliodora, O teatro explicado aos meus filhos. Lourrany Santos



2- Soluções de Palhaços: transformações na realidade hospitalar - Morgana Masseti



Ciência e Arte, Razão e Imaginação: Complementos Necessários À Compreensão da Física Moderna - Silvia Helena M. Carvalho. Helenice de Fátima Silva Mota .



3- Circo e teatro: aproximações e conflitos - Mario Fernando Bolognesi

A IMPORTÂNCIA DO TEATRO NA FORMAÇÃO DA CRIANÇA - ARCOVERDE, Silmara Lídia Moraes – PUCP

PRÁTICAS CIRCENSES NA FORMAÇÃO CORPORAL DO ATOR - LUAN VINICIUS DA SILVA CORDEIRO. Beatriz Nogueira Ferreira




4- Comecei a ler A Preparação do Ator, de Stanislaviski, nunca cheguei a ler um artigo que fale sobre teatro, minha base teórica vem muito do que aprendi em sala de aula, no curso da Neia e Nando, e de um pequeno curso com o Thiago Linhares sobre o método de Stanislaviski. Maju Souza.



5- Da arte e da linguagem - Alice Brill
A arte de não interpretar como poesia corpórea do ator - Renato Ferracini
Pontos de vista sobre a percepção e ação no treinamento do ator. Viewpoints em questão - Sandra Meyer Dora Pinheiro Sales


6- Meu maior contato com textos que falassem de teatro foi no Ensino Médio, nos livros da escola, ou em jornais e revistas, que retratavam um pouco da cena na cidade e às vezes traziam entrevistas com figuras da teatralidade brasileira.
Fora os textos, tenho um contato maior com documentários ou reportagens que acompanho no canal “SESC TV”, principalmente da série “Teatro e Circunstância”. Iasmin Rios

7- O comediante desencarnado - Louis Jouvet
A preparação do ator - Constantin Stanislavski


A construção da personagem - Constantin Stanislavski . Gabriel Alves dos Santos





8- Comecei a ler a "A história do teatro" do Fernando Marques, porém não cheguei a terminar. O que eu sei sobre a teoria foi o que eu aprendi no meu ensino médio, sobre o a Comédia Dell'arte, Stanislaviski... Renan Leite Souza



9- Creio que a leitura de livros e artigos é de suma importância para o aprendizado de qualquer pessoa,durante minhas participações em oficinas teatrais tive contato com alguns livros,como

"Jogos Teatrais Para Atores e Não Atores",de Augusto Boal

" O Teatro Norte Americano ",de Alan S Downer Luana Izabel Ferreira Souza



10 –

A preparação do ator- Stanislavski

Teatro na escola

Manual minimo do ator . Shirley Ane Marques Araujo



11- Doar: Verbo Bitransitivo - Renato Ferracini (da obra A arte de não interpretar como poesia corpórea do ator.)

Confesso minha ignorância em ter lido poucos textos sobre teatro. Embora não tenha lido obras, pesquisei muito sobre o método de Stanislavski e Brecht. Ana Sofia Martines C. S. da Silva


12- O Teatro do Absurdo, Esslin (lendo)
O Teatro da Crueldade, Antonin Artaud
O Teatro do Oprimido, Boal (lendo)
A preparação do ator, Stanislávski
Artigos de análises de Édipo, de As Nuvens e de Hamlet. Pâmela Germano




13- Pequena viagem pelo mundo do teatro - Hildegard Feist. Pedro Luiz Dantas

14- Teatro do Oprimido e teatralidade: os lugares da teatralidade nas cenas teatrais e cotidianas - Sarah Oliveira/ Dra. Fernanda da Cunha. Sarah Pádua

.

15- Não lembro de ler nenhum livro ou artigo relacionado ao teatro. Cleuves Ricardo Lisboa de Carvalho



16- O maior contato que eu tive com a parte teórica do teatro foi através das aulas da Companhia da Ilusão e da escola, através dos livros do Ensino Médio. Barbara Castro.

17- Teatro do Oprimido - Augusto Boal . Guilherme Alves Sampaio

18- Nunca li textos sobre o teatro. Rafaela Giavoni.

19- A Construção da Personagem – Stanislavsky. Antônio Guilherme

20- Por eu nunca ter colocado o teatro como opção profissional na minha vida até o 3º ano do ensino médio, eu nunca li artigos, textos ou livros que falassem do assunto. Acredito que o mais livro mais técnico que li a respeito de teatro foi "Exercícios de Palco" de Maria Clara Machado, onde a autora dá pequenas dicas e escreve pequenas peças para o exercício do ator. Henrique Arouche.

21- Nunca li livros que falassem de teatro, mas pretendo ler no decorrer do curso, pois sei que são essenciais. Júlio Oliveira

22- Li alguns artigos quando participei do curso de Interpretação teatral, eram discutidos em sala e infelizmente não posso confiar na minha memória, pois a mesma me abandona uma vez ou outra. Mas estou lendo um agora que fala sobre a abordagem do treinamento Viewpoints. Lúcia Priscila.

23- Jogos para atores e não atores - Augusto Boal

Manual do Autor - C. Stanislavsk

O que é teatro - Fernando Peixoto . Ana Gabriela



24- Meu contato com a teoria do teatro foi basicamente o que me foi apresentado em sala de aula, como entrevistas com Augusto Boal e principalmente pelos livros didáticos. Li também o livro de Constantin Stanislavski, A preparação do ator. Marina Dornelas Resende Silva



25- A maior parte sobre a teoria do teatro que aprendi, foi na escola, o que consistia em uma breve leitura sobre Constatin Stanislaviski e a aplicação de método, e o “surgimento” do teatro, com o deus grego Dionísio e as celebrações dionisíacas. Houve uma falta de preparo e embasamento, mas espero aprofundar e adquirir esse conhecimento com o curso. Lívia Barros

26- Alberto Guzik - Deus Cruel

Constantin Stanislaviski – A preparação do autor
Constantin Stanislaviski – A Construção do personagem. Diego Queiroz





























sexta-feira, 24 de março de 2017

Pesquisa em arte

Inscrições


http://noticias.unb.br/publicacoes/117-pesquisa/1360-saiba-como-participar-da-iniciacao-cientifica

Auto-apresentação - Diego

QUESTÃO 0
O meu primeiro contato com o tetro foi quando eu  tinha cerca de 8 anos de idade quando uma professora de teatro por acaso me chamou pra ser Jesus em uma peça de teatro que seria apresentada num evento finalização do ano da escola que eu estudava. O processo foi curto, mas desde aquele dia o teatro ficou guardado em mim, pois havia me despertado algo de muito bonito. Porem pelo fato de eu morar numa cidade no interior muito pequena não pude ter mais contato com o teatro e não fiz nenhum curso.
Quando me mudei de cidade para Brasília vi que aquela vontade de ser ator ainda era constante mesmo eu estando em outro curso.  Como forma de colocá-lo na minha vida  aliada à vontade de perder timidez procurei algumas oficinas e cursos iniciais. Um deles fiz na PODE! Teatro e Produções com Clarissa Portugal em 2015. No espetáculo de finalização do curso eu interpretei Dirceu Borboleta na peça O Bem-Amado.
Logo em seguida fiz mais seis meses de um curso de interpretação na companhia teatral No Ato Produções e na peça de finalização do curso montamos uma adaptação do filme A Sociedade dos Poetas Mortos na qual eu interpretei o personagem Cameron.
Logo em seguida conheci amigos do teatro do grupo Caras e e logo em seguida eles me chamaram pra “fazer o som” do espetáculo deles e então fui convidado por eles para participar do próximo espetáculo que eles estavam montando “Um Deus Cruel” de Alberto Guzik no qual eu interpretei o personagem Pedro.
Em todos esses processos eu adquiri um auto-conhecimento muito grande em relação à mim e a tudo que me cerca pois descobri que o teatro é uma máquina de entender o mundo. Descobri a importância de se enxergar o outro, a necessidade de se responder o outro não só no teatro como também na vida a responder na mesma intensidade, aprendi que eu posso ser qualquer coisa que eu quiser e ser de verdade porque as possibilidade de “ser” são infinitas e todas elas estão dentro de mim, aprendi o quão é importante o modo como você se relaciona com as pessoas em qualquer o trabalho e o quanto isso pode ser decisivo no processo, aprendi a reconhecer minhas falhas e que  o teatro é um todo e depende de todos que estão ali e por isso todos são muito importantes.

QUESTÃO 1
Alberto Guzik - Deus Cruel
Shakespeare – Romeu e Julieta
Gil Vicente - Auto da Barca do Inferno
Harold Pinter – O Amante

QUESTAO 2
A peça é interessante pois aborda especificamente o mundo do teatro, trazendo as pessoas para dentro do texto. É o teatro dentro do teatro: o “metateatro.” A história gira em torno de um grupo de atores recém-formados de uma escola de artes cênicas, a Trupe das Ilusões Perdidas que busca uma projeção profissional neste meio. No decorrer da peça, o publico é colocado para dentro dos pormenores desse mundo - o que faz com que um espectador que vivencie o meio teatral possa se surpreender pelas inúmeras facetas da natureza humana que se manifestam nesse mundo. O espetáculo proporciona a imersão a este mundo às vezes desconhecido ao espectador, ao mesmo tempo em que toca temas universais relacionando-os intimamente a este “Deus cruel” na vida das pessoas que é o teatro: a vida pela arte, a morte, a inveja, o egocentrismo, a traição, as dificuldades de ensaio, captação de recursos financeiros e a iminência da Aids.

QUESTAO 3
Alberto Guzik - Deus Cruel
Constantin Stanislaviski – A preparação do autor
Constantin Stanislaviski – A Construção do personagem

QUESTÃO 4
Não li a obra completa de Constantin, porém o que mais me chamou a atenção é o modo como ele enxerga o teatro no livro e então baseia todos os escritos com esse entendimento do teatro: o de que o teatro é uma arte e, portanto, sendo arte, é uma das mais altas formas de expressões da alma humana, que faz o ser humano ser consciente de si usar todo o seu potencial criador – a ato humano de criar.

QUESTAO 5

Espero entender o modo como o teatro se desenvolveu ao longo do tempo para chegar ao entendimento e à definição do mesmo que temos hoje, entender o lugar e o espaço na história que o teatro ocupava no período clássico, bem como entender obras cânones e o significado delas na posterioridade; e desse modo apreender as ferramentas necessárias para a compreensão da literatura relacionada ao teatro

quarta-feira, 22 de março de 2017

Auto-apresentação Lívia Barros.

Ana Lívia Antunes Barros
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0- Sempre nutri um interesse por teatro e cinema. Desde os meus 9 anos participo de um coral, onde aprendi técnicas de canto e dramatização, e apresentei 3 musicais com este coral, de autoria do próprio regente. Nessa idade, na escola, comecei também a ter contato com a história/teoria do teatro, e fui me apaixonando cada vez mais. Nunca tive o apoio dos meus pais para fazer um cursinho de teatro, sempre fui atrás de aulas e oficinas gratuitas para praticar. Desde então sempre que surge a oportunidade de me inscrever em alguma oficina ou peça, vou atrás. No ensino médio participei de algumas peças promovidas pela escola onde eu estudava. Como não tive muito apoio em começar o curso de Artes Cênicas, acabei escolhendo outro curso quando terminei o ensino médio, o que me fez arrepender amargamente. Então, agora, no 3° semestre do curso de Teoria, Crítica e História da Arte (TCHA, para os íntimos) decidi seguir meu sonho, e tentar a mudança de curso.

1-    O auto da Compadecida – Ariano Suassuna
A megera domada – William Shakespeare
Romeu e Julieta - William Shakespeare
Um bonde Chamado Desejo – Tennesse Williams
A casa de bernarda Alba – Fernando Garcia Lorca
Três Histórias de amor e Fúria – Consuelo de Castro

2-    A casa de Bernarda Alba – O que mais me chamou a atenção nessa obra foi a representatividade da mulher, e a cultura e cotidiano da Espanha durante ou logo após a Guerra Civil. García Lorca coloca em suas obras um pouco de sua própria história. Pois na peça há uma citação de soldados da guerra. Sobre as filhas de Bernarda, cada uma possui uma personalidade e uma moral diferente. Percebo que quanto mais nova é a filha, mais ela impõe uma opinião e suas ideias, mesmo que seja só entre elas e não para a mãe.

3 e 4 – A maior parte sobre a teoria do teatro que aprendi, foi na escola, o que consistia em uma breve leitura sobre Constatin Stanislaviski e a aplicação de método, e o “surgimento” do teatro, com o deus grego Dionísio e as celebrações dionisíacas. Houve uma falta de preparo e embasamento, mas espero aprofundar e adquirir esse conhecimento com o curso.


5-  O que eu espero do curso é expandir meu conhecimento teórico e histórico do teatro, ter contato com escritores e dramaturgos importantes e desenvolver um pensamento crítico tanto do teatro, de uma forma geral, quanto das obras apresentadas.


Reconstruções de performance antiga

1- A. P. David.  http://danceofthemuses.org/Home.html

https://www.youtube.com/watch?v=ldZ6PwViiH8






2-  Marie-Hélène Delavoux

https://www.youtube.com/watch?v=TlTUVxAwWac





3- Experimentos

A-

https://www.youtube.com/watch?v=vfSMEEdQQmI

B-

https://www.youtube.com/watch?v=pFuV9ScHTns


4- Philipe Brunet ( Theatre Demodocos, Université de Rouen, França. http://cpta.free.fr/Page%20accueil/accueil.htm)

Recital de poesia antiga, com trechos de Homero e tragédia grega.

https://www.youtube.com/watch?v=693CcGLUl-w&t=463s



5- Sete contra Tebas
Direção: Hugo Rodas.
Texto e canções Marcus Mota

https://www.youtube.com/watch?v=qW0G8RuoGfw

terça-feira, 21 de março de 2017

guerra no mar e na terra

Terra:
Hoplita em falanges

Ou seja, a dramaturgia de Os Persas articula experiências de Ésquilo como soldado de infantaria (hoplita), que participava de lutas corpo a corpo integrando fileiras de guerreiros (falange). Cada soldado trazia um conjunto de armas ou panóplia: pesada armadura (22 a 25 kg) que cobria todo o tronco; proteções para rosto e pernas; além de portar um pesado escudo (8 a12 kg),  espada e longa lança ( 2 a 3 metros)[1].  A imagem abaixo ilustra o guerreiro e suas armas



[1]  Sobre o tema, v. VERNANT 1968, HANSON 1993, HANSON 2009, WARRY 1995, KAGAN&VIGGIANO 2013.







 2- Trirremes

Ver materiais em

William Shepherd; Peter Dennis.  Salamis 480 BC  the naval campaign that saved Greece.



Conclusão

 Trazendo os mortos para a cena

Se o peã, o canto de vitória foi dos gregos e ressoou na batalha, chegando ao teatro, para os Persas resta contar seus mortos. Ésquilo avança nesse sentido, ampliando a indentidade entre Império Persa, Destruição e Morte ao propor a cena da invocação de Dario.
O ritual de consulta aos mortos (necromancia), a partir do modelo em Homero, parece ter sido um recurso dramático bem utilizado por Ésquilo, como se vê no mal-sucedida invocação de Agamenon, em Coéforas, e no fantasma de Clitmnestra, em Eumênides[1].  Em comédia temos entre outros o grande exemplo de Aristófanes em As rãs, na qual Dioniso vai se no reino dos mortos se consultar com Ésquilo e Sófocles para salvar Atenas,após o desastre da guerra do Peloponeso.  
Em As Rãs a cena com Dario é deste modo referida:  

ÉSQUILO
1026 Então produzindo depois disso Os persas ensinei a querer
vencer sempre os inimigos, uma grande realização da qual me honro.
DIONISO
Me diverti muito ao ouvir o morto rei Dario
e o coro batia palmas assim e gritava ‘IAUOI’ .

De fato,  a cena da necromancia se organiza em torno do coro com seus rituais e a irrupção do rei morto. A rainha fica em segundo, cumprindo com rituais específicos, como derramamento de oferendas.
O coro em canto estrófico assim performa a invocação:


ESTROFE 1
Mas ah meu abençoado rei, semelhante a um deus, me ouça,
635 Precisarei em minha bárbara linguagem
emitir evidentes, multivariadas, incessantes, estridentes palavras?
Minha completa miséria e dor
vou aos prantos gritar?
Será que ele me ouve lá debaixo?

ANTIESTROFE 1
Mas , oh Terra e outros líderes das profundezas,
este tão altivo espírito
permite vir dos teus domínios, o deus dos persas nascido de Susa.
Mande-o para cima.
O chão da Pérsia
não  encobriu  alguém assim.

ESTROFE 2
Ah, ele foi amado, amada foi a colina de seu enterro,
650 que abriga um homem de caráter louvável.
Hades, acompanhe sua subida, envia para cima, Hades,
o divino rei Darios!         E Ê

ANTIESTROFE 2
Pois ele nunca fez morrer os seus homens
através das desgraças fatais da guerra.
655 Divino conselheiro é como foi celebrado pelos persas, divino conselheiro
ele foi, após ter bem conduzido a armada.  E Ê

ESTROFE 3
[2], antigo Xá, venha, se aproxime!
Venha ao alto topo da colina da tua sepultura,
660 erguendo as chinelas tingidas de açafrão(amarelo) sobre teu pé,
mostrando a frente de tua tiara real.
664 Venha benigno pai Dário!   OI

ANTIESTROFE 3
Venha ouvir terríveis  sofrimentos recentes.
Senhor dos senhores apareça!
Alguma neblina estígia[3] paira sobre nós
670 pois todos os jovens homens recentemente morreram.
Venha, pai Dario, que nunca nos feriu.  OI

ÉPODO
AIAI, AIAI!
Oh tu que morrendo foi muito lamentado por seus amigos,
675 poderoso senhor, poderoso, qual é a razão, qual a razão
para acontecer este duplo fracasso?
Todas os barcos trirremes dessa terra foram destruídos
680 e há mais barcos, não ha  mais barcos.

Tirando o épodo, um canto sem estrofe que conclui a invocação, a performance do coro se faz em jônios a minore, como vimos na seção estrófica do párodo, marcando a dimensão étnica do coro.  Não se trata de uma atividade de canto apenas: o coro se aproxima a partir das estrofe 3 da sepultura de Dario e, de joelhos, bate o chão e tenta furar o solo.
Dario irrompe de baixo para cima. Ele fura a terra que está em seu túmulo.  Sua aparição magnetiza os olhares de todos em cena e na audiência. O morto-vivo, o grande rei com suas roupas e símbolos de poder levantando poeira e susto- maravilha!  Qualquer que tenha sido o modo pelo qual se encenou a entrada de Dario, ela tornou-se emblemática para a dramaturgia ateniense, tornando-se depois uma cena típica no século IV a. C.  Com Sêneca, os fantasmas depois chegaram até Shakespeare e daí, nunca mais pararam de nos assombrar[4].
Mas, mais que o efeito cênico, temos o argumento: Dario vem para o mundo dos vivos, para ratificar um modo helênico de ver e celebrar a guerra contra Os Persas.  Após censurar a arrogância de seu filho Xerxes, que não observou os ditames délficos, relacionados a restrições a excessos e respeito à ordem natural.
Assim, o fantasma de Dario é um artifício dramático que ratifica o envolvimento do espetáculo com a celebração helênica contra os povos da Ásia.  Trazer para a cena os acontecimentos históricos acaba por colocar o teatro em uma nova dimensão: podemos nos valer de obras teatrais para fortalecer o vínculo comunitário, trocando os sofrimentos por alegrias, alterando o alvo do desastre. Se no passado fomos invadidos, nossas casas, templos e construções destruídas, agora quem nos humilhou é humilhado, é abatido por nós. E seus mortos são eloquentes: reafirmam nossa vitória. A desgraça deles é nossa alegria. Em sua derrota nos enaltecemos. 
Esse discurso de inimigo na boca de Dario deixa o coro perplexo. De nada adianta trazer o antigo rei para dar conselhos. Ele parece pisar sobre os abatidos.

CORO
786 O que então, senhor Dario? Para onde a conclusão das tuas palavras
conduz ? Depois dessas coisas como ainda o povo
da Pérsia  poderia fazer algo melhor no futuro?
DARIO
790 Não voltando a invadir o território dos  helenos
mesmo se a armada Persa for muito poderosa.
Pois o próprio solo se torna aliado deles.

Sai o morto-vivo entra outro: Xerxes.  A dramaturgia de Os Persas se organiza no adiano retorno do jovem rei à casa real.  Anunciado no párodo ele só chega completamente na cena de conclusão. Ésquilo aqui se vale do clássico tema do retorno para casa (nostos) em que heróis após batalhas enfrentam novas dificuldades para chegar em sua terra natal[5].
Xerxes retorna em andrajos, como sua mãe sonhara, carregando uma aljava vazia de flechas:

CORO
1016 Há algo dos persas que não foi destruído, oh homem de grandes desastres?
XERXES
Não está vendo estes restos de minhas vestes?
CORO
Vejo, vejo bem.
XERXES
E esta aljava...
CORO
O que isso que você diz ter sobrevivido?
 XERXES
1020 depósito de flechas?
CORO
Realmente pouco de tão muito.
XERXES
Fomos dizimados os que nos protegiam.
CORO
1025 O povo da Iônia não foge de guerra.

O trecho acima é parte do lamento que é partilhado entre o coro e Xerxes, retomando metros já apresentados antes – anapestos e jônio a minore. Xerxes apenas canta – ele é o único agente não coral de todo o restante repertório da dramaturgia ateniense que não se vale de versos para contracenação verbal e para blocos de fala[6]. Ele não pode argumentar, debater, relatar – Xerxes se confina nos limites de sua agonia de sem fim, ser o derrotado líder de um poderoso exército massacrado.
Para o público, a infelicidade com que Xerxes entra em cena e com a qual ele sai acompanhado pelo coro é impulso para reforçar o ânimo helênico.  Há pois uma interação assimétrica entre as figuras e suas catástrofes em cena e o audiência: não uma uma partilha de pathos, uma identidade entre os horizontes volitivo, cognitivo e emocional do público e  os horizontes dos bárbaros.  Amai vosso amigos, feri vossos inimigos – nunca o mundo pareceu tão coerente[7].



[1] Odisséia 11.  Sobre o tema, v. OGDEN 2001.  Ésquilo teria usado este recurso em outras de suas peças, das quais agora temos apenas os fragmentos como Psicagogos, Penélope, Recolhedores de ossos .   V. BARDEL 2005.
[2] No original temos uma palavra frígia (ballên) para nomear ‘rei’. Para manter o jogo, vali-me da título dados aos imperadores e monarcas do Irã ( Pérsia).
[3] Relacionada ao Estige, um dos rios do Tártaro, mundo subterrâneo.
[4] v. LUCKHURST & MORIN 2014.
[5] ALEXOPOULOU 2009.
[6] HALL 1996: 169.
[7] Jogo com o título do livro de Mary Blundell  Helping Friends and Harming Enemies.