1. Aprendi que poéticas teatrais não é só um nome bonito, instigante, mas sim um universo imenso do qual eu não havia explorado quase nada. Além de ter me impressionado com a capacidade dos textos serem tão díspares e ao mesmo tempo tão interligados, me fascinei com detalhes e fatos sutis que, para mim, fazem toda a diferença. O teatro grego, por exemplo, é muito mais incrível do que eu podia imaginar. Sabia de alguns detalhes relacionados à ele, mas não entendia a profundidade da relação inter-artística que o permeava. A musicalidade, sincronia, engenharia, e a arte plástica que são inerentes à qualquer obra teatral de tal lugar, me instigaram, principalmente, por sua peculiaridade - aprendi os níveis de intensidade de cada linguagem e também a sua complexidade. Minhas aulas preferidas se dividiam entre aquelas em que aprendíamos sobre figuras importantes do teatro e em que líamos um texto dramático específico. Sarah Kane definitivamente me impressionou muito. Mas o que mais mexia comigo era o fato de entender o que textos, com milhares de anos de diferença, tinham em comum e como eles se relacionavam. Aprendi também, ou melhor, senti na pele como é pesquisar para valer e como é ensinar para outras pessoas aquilo que se pesquisou. O teatro colaborativo faz parte de mim agora, graças a aula de poéticas teatrais e as oportunidades que ela trouxe consigo.
2. Creio que, dentre outras dificuldades, a mais marcante foi o fato de eu não conseguir controlar meu sono durante as aulas. Isso me entristece imensamente porque eu gosto de prestar atenção em cada detalhe do que o professor fala, tenho até apreensão em fazer anotações pra não perder nada. Esse é um problema que enfrento desde meu ensino médio e não importa a quantidade de horas que eu tenha dormido na noite anterior, o sono sempre vem de forma descomunal e incontrolável. O que me alivia é o fato de isso não ter a ver com desinteresse. Outra dificuldade é a de me aprofundar no assunto que estudamos. Não tenho o hábito de chafurdar e estudar o que tenho interesse e nem aquilo que é apresentados em sala de aula. Também percebi uma dificuldade em relação a bibliografia e tópicos relacionados, mas nada que a prática não resolva.
3. Meu grupo se deu muito bem durante todo o processo e não tivemos nenhum desentendimento sequer. Desde o começo se estabeleceu uma pequena liderança por parte da Iasmim, que soube nos conduzir de forma bem sutil. Houve um interesse latente em todos os integrantes do grupo, o que tornou a pesquisa muito prazeirosa e fluída. Inclusive, o fim do trabalho trouxe uma certa melancolia. Dividíamos bem a quantidade de trabalho que cada um deveria fazer e nos ajudávamos bastante. Sei que não participei tanto quanto alguns integrantes, mas procurei sempre me manter aberta para ajudar quando necessário. Não me senti tanto proativa e acho que isso é uma coisa a ser pensada e refletida.
4. Poderia ter estudado mais, lido mais, e tentando ser e estar mais entregue de uma maneira intelectual.
5. Queria agradecer, Marcus, pelo seu comprometimento em ser professor e por sempre trazer aulas interessantes, com assuntos instigantes. Demasiadas aulas sobre o blog podem ser meio cansativas, porém. Mas em compensação, as outras sobre tantos nomes importantes da história teatral e sobre tantos momentos importantes da mesma, me farão falta. Desculpa se te faltei com respeito na minha posição de aluna ao dormir ou comer em sala de aula (normalmente um está relacionado com o outro). Obrigada por ter dado espaço pra uma apresentação tão divertida que me trouxe uma certeza, quero sim ser professora. Infelizmente, um semestre é muito pouco para sugar todo conhecimento que eu sei que você tem para disponibilizar, então espero te encontrar em outros momentos da vida.
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